A pós-modernidade é um arcabouço de concepções filosóficas que visam uma rejeição sistemática do período conhecido como modernidade. A seguir apresentaremos um quadro[1] com as principais características destas correntes filosóficas.
Modernismo
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Pós-modernismo
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Romantismo/simbolismo
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Parafísica/dadaísmo
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Forma (conjuntiva, fechada)
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Antiforma (disjuntiva, aberta)
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Propósito
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Jogo
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Projeto
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Acaso
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Hierarquia
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Anarquia
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Domínio/logos
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Exaustão/silêncio
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Objeto de arte/obra acabada
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Processo/performance/happening
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Distância
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Participação
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Criação/totalização/síntese
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Descriação/desconstrução/antítese
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Presença
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Ausência
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Centração
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Dispersão
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Gênero/fronteira
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Texto/intertexto
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Semântica
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Retórica
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Paradigma
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Sintagma
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Hipotaxe
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Parataxe
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Metáfora
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Metonímia
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Seleção
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Combinação
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Raiz/profundidade
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Rizoma/superfície
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Interpretação/leitura
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Contra interpretação/desleitura
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Significado
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Significante
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Lisible (legível)
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Scriptible (escrevível)
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Narrativa/grande histoire
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Antinarrativa/pepite historie
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Código mestre
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Idioleto
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Sintoma
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Desejo
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Tipo
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Mutante
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Genital/fálico
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Poliformo/andrógino
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Paranóia
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Esquizofrenia
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Origem/causa
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Diferença-diferença/vestígio
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Deus Pai
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Espírito Santo
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Metafísica
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Ironia
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Determinação
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Indeterminação
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transcendência
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imanência
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A pós-modernidade, segundo Santos pode ser descrita como (apud GONDIM, 2002p.19): “ o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas deste 1950, quando, por convenção se encerra o modernismo (1900-1950)” as características
nasce como a arquitetura e a computação nos anos 50, toma corpo com a arte Pop nos anos 60, cresce ao entrar pela filosofia aos anos 70, como crítica da cultura ocidental e amadurece hoje, alastrando-se na moda, cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência (ciência+tecnologia) invadindo o cotidiano deste alimentos processados até microcomputadores.(apud GONDIM. 2000.p19):
Nota-se claramente tanto pelo quadro apresentado como pela definição que a pós-modernidade rejeita contundentemente todos os valores modernos. Isso também fica explícito nas propostas metodológicas.
O método é uma junção de duas palavras gregas[2] metha e hodos, a primeira designa em seguida, e a segunda caminho, teremos então na junção destas palavras a possível definição: método é um caminho a seguir.
O método é, contudo apenas uma forma de caminho, porém antes que se escolha um caminho é preciso um ser caminhante,e é nele que se manifesta no ato de escolher seus pressupostos.
Os pressupostos[3] podem ser explícitos ou implícitos, inconscientes ou conscientes, pois nada mais são do que todo o conjunto existencial de alguém diante de uma decisão.
Na verdade o método é o resultado final desses pressupostos. Se ao escolher um método se parte de convicções equivocadas, certamente o método fracassa. Um exemplo seria planejar uma aula para a 4º série do ensino fundamental, focando no conceito de pressuposto de método, o professor pressupõe, ou seja, admite previamente que os alunos da 4º série do ensino fundamental estão aptos para compreender termos técnicos de filosofia, e por tal pressuposição, escolhe um método de aula de análise hermenêutica de determinado filósofo.
Se tal pressuposição estiver equivocada, o método escolhido certamente ruirá, dessa forma pressuposto e método estão sempre interligados, as convicções admitidas antecipadamente por alguém implicará na metodologia escolhida.
Uma analise preliminar da metodologia e seus pressupostos são importantes para compreender como cada filósofo inicia sua forma de avaliação epistemológica da realidade e seus problemas adjacentes. Como exposto às pressuposições são anteriores ao método e determinantes no resultado final de todo empreendimento intelectual.
A filosofia com disciplina da razão exige algumas características que são inegociáveis, a reflexão, introspecção, contemplação e o conhecimento de conceitos essências são indispensáveis para a filosofia.
Geralmente os conteúdos filosóficos são ditos serem pouco atraentes, pois são complexos demais e sem conexão com a realidade, de certa forma é preciso concordar uma vez que a filosofia tem seu mundo próprio, a razão humana.
Contudo, nada impede que tais conteúdos complexos se tornem inteligíveis ao máximo de pessoas, não seria está a razão da filosofia, sua aplicabilidade universal? ao menos no período clássico se pode dizer que sim.
A contextualização é necessária a qualquer matéria, pois ajuda o ouvinte a transportar conceitos por meio do método da analogia. A filosofia parece possuir certa dificuldade em realizar esta tarefa, conjeturo o medo de vulgarização do conteúdo, de modo que passaria a não ser mais reservado a um grupo seleto.
Na pós-modernidade a questão é outra, a proposta é por um ensino de filosofia que na prática não implica em nada, primeiro a uma negação da objetividade da verdade e isso reflete desde a epistemologia a metodologia filosófica, segundo uma proposta de ensino descontinua e sem uma finalidade específica e com isso aumenta-se as dificuldades do aluno já que a falta de clareza e finalidade comprometem o rendimento e assimilação.
Bibliografia
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. São Paulo. Edições Loyola. 1992.
GONDIM, Ricardo. Fim de Milênio. Ed Abba, São Paulo. 2003.
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